Vivemos numa era em que a “novidade” é fabricada em escala industrial. Um dia é uma dança no TikTok, no outro é uma dieta milagrosa, depois uma “nova” forma de meditar, trabalhar ou até respirar. Tudo embalado em formatos sedutores, com frases de impacto e promessas de transformação instantânea. Mas será que é você quem escolhe ou apenas segue o fluxo do que o coletivo está fazendo? O mais intrigante é que seguir tendências nos dá a falsa sensação de pertencimento, mas, muitas vezes, nos afasta de nós mesmos. É como se, para estar “atualizado”, você precisasse abrir mão da sua própria bússola interna e terceirizar suas decisões para a aprovação social. O problema? Essa busca constante por encaixe pode sufocar sua individualidade e criar uma dependência emocional invisível: a de precisar do “ok” dos outros para validar quem você é e o que faz. Se toda vez que o mundo aponta para uma direção, você automaticamente muda o rumo, talvez não esteja vivendo a sua vida — mas a versão coletiva que te disseram que é a certa. A pergunta é: você está consciente do porquê faz o que faz… ou apenas repetindo um script que já estava pronto antes mesmo de você pensar a respeito?
Lourdes Manhani Especialista em Inteligência Emocional e Saúde Mental







